O tratamento da COVID-19
- Projeto de Extensão -COVID19
- 21 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 23 de jul. de 2020

Infelizmente não há nenhum tratamento comprovado que combata o vírus do Sars-CoV-2. Contudo, diversos laboratórios de pesquisa e inúmeros cientistas e pesquisadores estão trabalhando para desenvolver remédios e vacinas contra a COVID-19.
Muito tem-se falado sobre os medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina (considerada um pouco mais segura, com menos efeitos colaterais), esses que são registrados pela ANVISA para tratar lúpus, doenças fotossensíveis, artrites e malária. Estão em estudos o uso desses medicamentos isoladamente ou em associação à Azitromicina, que seria utilizado para evitar uma infecção bacteriana secundária que pudesse se desenvolver em pacientes com pneumonia viral. Esses medicamentos seriam administrados com base em suas propriedades imunomoduladoras e antivirais para tratar a doença COVID-19.
Alguns países como a China e a França mostraram pesquisas com o uso da Cloroquina ou Hidroxicloroquina; porém os números de pessoas estudadas foram baixos, apesar de alguns resultados positivos. No Brasil, a Fiocruz também está desenvolvendo estudos do uso da hidroxicloroquina e da cloroquina, e outros ramos da pesquisa preveem o uso de remdesivir, lopinavir associado com ritonavir, lopinavir com ritonavir com interfiron 1ª.
No entanto, a The Lancet publicou no dia 22 de maio por Mandeep R Mehra, Sapan S Desai, Frank Ruschitzka, Amit N Pate; mostrou um estudo com mais de relatando riscos de taquicardia ventricular, toxicidade cardíaca. Entre outros, em pacientes que usaram a cloroquina ou hidroxicloroquina. Outro artigo da The Lancet por Prof. Mandeep R Mehra, MD , Prof. Mandeep R Mehra, MD, publicado também 22 de maio,2020, relatou um estudo com mais de noventa e cinco mil pessoas e que não que não foi possível confirmar o benefício da hidroxicloroquina ou cloroquina, quando usados isoladamente ou associada a outro medicamento, nos resultados hospitalares da COVID-19.
Mesmo sem comprovações científicas segundo a própria ANVISA, foi liberado no mês de março pelo Ministério da Saúde, o uso desses medicamentos para tratar pacientes, a critério médico.
Deve- se seguir as orientações do Ministério da Saúde para prescrição a pacientes adultos dos medicamentos cloroquina e sulfato de hidroxicloroquina associados à azitromicina. E o acesso ao medicamento será feito por prescrição médica e através do Sistema Único de Saúde.
Contudo, vale ressaltar que pacientes graves com Covid-19 não devem usar doses altas de cloroquina, como informado no portal da Fiocruz. E o uso prolongado da Cloroquina ou Hidroxicloroquina, pode acarretar em efeito adversos, como gastrointestinais, incluindo náusea, vômito, diarreia e desconforto abdominal, cardiotônicos, o desenvolvimento de cardiomiopatia em pacientes com doenças reumáticas.
Um outro medicamento está também em fase de pesquisa, Baricitinib. Esse remédio é previsto para reduzir a capacidade do vírus de infectar células pulmonares. Os alvos dos fármacos são membros da família de quinase associada a dormência cuja inibição demonstrou reduzir a infecção viral in vitro, como é bem descrito no artigo da revista The Lancet.
E por um informe publicado pela Sociedade Brasileira de Infectologia, a dexametasona não fornece ação preventiva contra o novo coronavírus, mas é uma grande esperança para a paciente em estados mais graves. Esse remédio é um tipo de corticoide (que são uma classe de hormônios), que age na redução da reação inflamatória causada pela COVID-19. Contudo, é necessário ressaltar que a dexametasona reduz o risco de mortes, mas não em todos os pacientes, não exclui a possibilidade do indivíduo vim a óbito. E não há estudos que confirmem
É importante advertir que os medicamentos citados estão em fase de pesquisas e seus usos devem ser prescritos por médicos qualificados e nunca por automedicação.

Os riscos adicionais do coronavírus
O vírus do Sars-CoV-2, causador da COVID-19, ataca idosos, mas não apenas pessoas acima de 60 anos. Pessoas de todas as faixas etárias podem se infectar com o novo coronavírus, de forma leve ou grave, levando até a morte.
A COVID-19 pode causar danos a outros órgãos, como o coração, o fígado e os rins e o no sistema imunológico. Os pacientes podem morrer por insuficiência de múltiplos órgãos, choque, síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência cardíaca, arritmias e insciência renal, como foi descrito no artigo publicado dia 21 de maio na The Lancet.
No mesmo artigo é retratado que pessoas com doenças crônicas como diabetes, problemas cardíacos, pessoas com asmas devem ter mais cuidado. Nesse grupo existe uma predisposição para desenvolver a forma grave da doença, caso haja uma infecção.
A infecção viral gera a uma série de reações responsáveis por desequilibrar o organismo. Como os indivíduos com doenças crônicas sofrem com alterações no sistema imunológico, por terem um estado inflamatório crônico latente, o que pode auxiliar a evolução da doença da COVID-19.

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