No final de 2019 o mundo presenciou a rápida disseminação do vírus Sar-Cov-2, causador da doença COVID-19. Vários países sofreram e ainda sobrem com as consequências desse vírus, seja na saúde ou na economia, como é o caso do Brasil. Desde março de 2020 nosso país optou por medidas de segurança contra o novo coronavírus, tais como a quarentena, uso obrigatório de máscaras. No entanto, mesmo com esses cuidados, que diversas pessoas não seguem, a COVID-19 segue fazendo centenas de vítimas. Muito tem se especulado, e almejado por uma vacina ou um tratamento a contra o novo coronavírus. Foi bastante discutido o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina, dexametaxona, e muitos outros medicamentos, mas nenhum mostrou-se capaz de curar todos os pacientes que lutam contra a COVID-19. Diversas famílias choram a perca de um ente querido para essa doença.
Muitos países estão desenvolvendo estudos e pesquisas para desenvolver vacinas contra o novo coronavírus. Dentre essas vacinas em estudo, três encontram-se em fase de teste, uma delas, a da Oxford, os testes estão em fase de teste 3, como foi noticiado pela revista The Lancet no último dia 20.
Segundo a explicação de Andrew Pollard, professor de pediatria na Universidade de Oxford que foi publicada pelo site G1, a vacina em questão usou adenovírus, vírus que causa resfriado em chimpanzés, que é geneticamente modificado para codificar a proteína Spike que permite que o vírus se ligue as células do sistema respiratório do novo coronavírus. Então quando o adenovírus entrar nas células daqueles que receberam a vacina, também fornecerá um código genético da proteína Spike, ensinando o sistema imunológico a reconhecer o vírus Sars-Cov-2.
Pela revista The Lancet, entre os dias 23 de abril e 21 de maio, 1077 participantes foram inscritos e designados para receber ChAdOx1 nCoV-19, vacina vetorizada por adenovírus de chimpanzé. Os adultos saudáveis sem histórico de infecção por SARS-CoV-2 confirmada ou sem os sintomas, com idade entre 18 e 55 anos aleatoriamente designados para receber ChAdOx1 nCoV-19 por uma injeção intramuscular única. Alguns lugares, fizeram alterações no protocolo e usaram paracetamol profilático antes da vacinação, que reduziram as reações locais e sistêmicas. Dentre os voluntários, dez participantes denominados para um grupo de reforço primário ChAdOx1 nCoV-19 não randomizado e não cego receberam um esquema de duas doses, com a vacina de reforço administrada 28 dias após a primeira dose.
A ChAdOx1 nCoV-19 mostrou resposta positiva e com baixos efeitos colaterais. É uma vacina que mostrou segurança aceitável e induz uma resposta imunológica. Essa traz uma nova esperança para todos.